quinta-feira, 25 de junho de 2009

O tempo passa, esclarece tudo e se vai

Quando resolvi cursar o Bacharelado Interdisciplinar na UFBA, confesso que fui pelo estigma de que ter um diploma “Federal” seria bom para meu currículo. Nem sabia o que me esperava, mas hoje posso falar mais tranquilamente sobre o assunto e o que vou falar como sempre, não é do agrado de gregos e troianos.

As primeiras palestras para os estreantes do curso explanavam insegurança total. “o que serei?” “qual será a grade?” “como o mercado de trabalho vai nos aceitar?” foram algumas das perguntas feitas aos comandantes desta Universidade que promete grandes avanços. Entretanto, até hoje algumas respostas são frustrantes. Os alunos do B.I. são incentivados com probabilidades do tipo: “com um curso superior você pode participar de concursos”. Sendo que é notório a maioria ter acabado de sair do ensino médio, e procura segurança quanto á sua carreira profissional. O Bacharelado não tem grade, você escolhe tudo, e uma vez dada a liberdade, muitos não sabem o que fazer com ela.

Em artes você pode seguir para uma das três áreas: cinema e vídeo, dança ou música. Sendo que pode ainda “se meter” em outras, basta escolher matérias de campos diferentes e “plim!” você está habilitado em algumacoisaqueaindanãodecteionome. É realmente complicado quando se está lá dentro, entender que você cursando artes, por exemplo, pode sair do B.I. formado em três profissões diferentes, e creio que será mais ainda no mercado de trabalho.

Concordo que seja uma proposta inovadora, objetivando a inclusão de pessoas que não têm condições de ingressar numa Universidade. Inclusive, tivemos debates sobre isso também, do quão difícil é para alguém pobre se manter numa faculdade particular. E uma das propostas mais sérias da Universidade Federal da Bahia, é quebrar essa impotência de não poder atender á demanda de estudantes baianos. Por isso, novos cursos noturnos e diurnos foram implantados. Ainda com algumas dificuldades estruturais, posso garantir que ao menos no prédio dos Bacharelados Interdisciplinares não faltam conforto e comodidade. Lamento o pessoal de letras que infelizmente permanecem no Paf III em salas sem ar condicionado e com cadeiras do tempo da minha avó.

O ponto negativo (talvez temporário) que me faz pensar em desistir do curso é não ter a segurança do famoso “o que eu vou ser quando crescer”. Ironias infantis á parte, é mesmo verdade isso e não sou a única, que sente essa sensação de estarem tapando o sol com a peneira. Os professores são realmente bons e estão empenhados em ministrar aulas interessantíssimas. Porém, a impressão real com relação ao B.I. (ao menos de artes que é o que faço e do que posso falar com clareza) é que o curso foi feito para quem tem tempo e está a fim de curtir, fazer novas amizades, conhecer assuntos novos; expandir a mente, ou simplesmente está procurando o profissional que ainda não achou em si. Uma professora, e somente ela, nos explica constantemente que o Bacharelado Interdisciplinar de Artes visa formar críticos de arte. Mas nunca disse, por exemplo, onde esses críticos irão trabalhar. Eu como estudante de Jornalismo, vejo aí uma grande oportunidade de unir as duas formações. Mas ainda não é o que quero para mim.

Por isso, declaro que estou quase 100% certa de que ano que vem não estarei mais lá. Farei vestibular novamente, agora para letras. É isso aí. Passei, estive lá, vi tudo de perto como começou, e espero sinceramente que o B.I. atinja seu objetivo de atender mais alunos nos próximos anos, porque na condição de brasileiro, tudo nessa vida profissional é válida. Embora eu ainda acredite que sonhos podem sim ser planejados independentemente de pressões sociais que sofrem os estudantes.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sempre haverá lugar para as Tekas e os Tekos

Tudo bem. É isso aí. Acabou. Fim dos diplomas úteis para os ditos ‘formados’ em Jornalismo.

E agora?

Serei curta. Bem mais do que tenho sido ultimamente, porém, acredito que todos os meus mil argumentos estarão implícitos:

Caneta e papel existem há anos, quantos bons escritores você conhece?

Terminei.