sábado, 27 de dezembro de 2008

Panorama 2008

Todo mundo comentando, escrevendo, dialogando, reprisando ou expondo suas opiniões sobre o que se passou e as festas de fim de ano. Também quero (e tenho meu espaço online hehe) para falar pelo menos os fatos mais importantes sobre o assunto.

Bah! Todo mundo sabe que as festas finais, natal e réveillon, são comerciais. O que é que tem? O mundo é capitalista... Feliz de mim e meus pais (comerciantes) que ganham dinheiro a mais, e eu, presentes a mais xD. Além disso, creio que faz bem ao espírito presentear e ser presenteado, é uma pena que por vias históricas sociais, temos a tendência de antes, criar um motivo para isso.

Os meus anos, retrasado e passado, fecharam desgraçadamente. 2006-2007 aconteceu algo fatídico que prefiro não comentar. 2007-2008 terminei convicta de que seria uma grande veterinária. Tinha planos para exames ginecológicos em caprinos e partos e castrações nos cachorrinhos, tudo para o bem do reino animal irracional tão esquecido por nós. Mas aí certa Faculdade anunciou uma lista com o meu nome dizendo que meu caminho, era o Jornalismo.

Claro que eu não gostei da idéia, afinal, esperava ansiosamente o resultado da segunda fase da UFBA certa de que havia passado. Entretanto, por vias preventivas, resolvi cursar a UNIJORGE até o resultado ser anunciado e eu poder cancelar a matrícula. Mas isso não aconteceu. Eu perdi. E chorei porque odiava as matérias do curso que, no entanto, pensava nele como algo adicional para fins de lazer num futuro longo, e não profissional.

Daí, apareceram em minha vida pessoinhas felizes que me deram motivos para acordar cedo e ir para faculdade. Com elas, aprendi a gostar do curso, dos professores e tudo o mais que tinha de ser feito. Tive grandes vitórias nos dois semestres. Derrotas que apesar de terem sido remediadas, aprendi muito mais do que se tivesse prestado mais atenção nas aulas, e deixasse o fato de que a voz do professor me dava sono, de lado.

Percebi, no fim, que as aparências sempre enganam e que há no mundo ainda profissionais dispostos a ouvir seus alunos, e uns que não têm nenhum senso de organização, mas nada que me fizesse desistir.

Vi gente me surpreendendo, mudei a opinião quanto a uns e outros, coloquei as palavras “obrigado” e “perdão” mais constantes em meu vocabulário, e a chave para uma boa entrevista é um belo sorriso nos lábios antes de dizer “oi, eu sou estudante de jornalismo e bla bla bla bla”.

Constatei, enfim, que não estava mesmo nos planos de Deus que eu só encontrasse o amor depois de uns 25 anos, magra, rica e bem sucedida. Ele foi tão bom comigo, que no auge dos meus 16 anos, gordinha e cheias de espinha na cara, eu encontrasse alguém tão bom quanto o príncipe da cinderela, e melhor, ele está comigo até hoje, firme como uma rocha.

E por enquanto, não tenho rumo nem planos a não ser curtir as minhas merecidas férias. Ansiosa para o próximo ano e desejando a mim mesma mais vitórias e mais experiências. Mais gente inteligente e sagaz ao meu lado e, (que os deuses me ouçam) mais dinheiro no bolso para futuras xerox a serem tiradas.

Feliz 2009 a todos!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Deixem minhas tranças em paz, pow!

Que coisa... Ultimamente tenho falado tanto de minha adolescência, nem eu mesma sei porquê, mas, voilá!

Desde os meus doze anos eu sou respondona. Decidi que ninguém nunca me diria algo que eu não concordasse e não recebesse em troca uma contestação de minha parte e isso sempre incluiu meus avós. Quem disse que “respeite os mais velhos” cabia na minha língua afiada? Eu digo “cabia” porque hoje é um pouquinho diferente, porém, às vezes perco o controle e tenho vontade de oferecer um delicioso chá de sumiço à minha avó.

A relação dos meus avós nunca deram certo. Corre a lenda na família que a culpa é do meu avô por ele ser agressivo, autoritário e um monte de “blá blá blás”. Só que algumas atitudes de minha avó me levam a crer que essas brigas constantes não começam geralmente da parte dele, digo isso sem muita certeza porque o que me levou a escrever este texto foi uma pequena discussão entre minha mãe e minha avó, que nada tem a ver com casos de marido e mulher.

Tudo começou quando decidi trançar os cabelos. Meu pai ficou numa excitação só, o danado é chegado nas origens afro, sabe? Me deu dicas e sugestões, enfim, adorou a idéia e eu, já decidida, fui mais a fundo na minha vontade. No começo, confesso, achei um pouco estranho e até mesmo feio. Mas depois, na frente do espelho inventando moda, comecei a me achar maravilhosamente linda, principalmente por conta do detalhe dos dreads na cor vermelha! Nossa tava “me achando” mesmo.

Mas aí, à noite, chegou a minha mãe. A primeira coisa que ela disse foi:

“meniiinaaaa o que você fez neste cabelo?”

Eu: trancei, ué

Ela: isso vai estragar o seu cabelo, ele vai ficar horrível, aliás, você está horrível!

Eu (já espantada): você está exagerando!

Ela: ah é?! Deixe você procurar um emprego! Quem for bonzinho pode até lhe dar, mas mandará você tirar isso do cabelo! Fora que você perdeu o seu valor, tá feia!

Eu: vá procurar o que fazer minha mãe, me deixe em paz! Além do mais, eu ponho meu valor onde eu quiser, e não é nos cabelos que ele está!

Ela: você vai ver!

Fim do primeiro round. No decorrer das semanas tudo se saiu muito bem! Estava convicta de que minha mãe havia deixado meus cabelos de lado e até estava se acostumando com a novidade, até que um dia...

Ela: menina, você já lavou esse cabelo?

Eu: não.

Ela: deve tá uma “inhaca”, nesse calor!

Ok, respirei fundo e fingi que não ouvi nada. Eu ia realmente lavar os cabelos, mas a preguiça me consumia e também, eu sabia que se lavasse, as pontas quebradiças iriam subir e estragar o penteado. Então, hoje, eu resolvi que as tiraria quando voltasse de uma prova final que teria de fazer na faculdade, foi quando encontrei, na volta, em casa, a minha avó.

Ela: meniiiinaaa (porque elas sempre começam assim?) o que você fez no cabelo?!

Eu: nada. (sério, não queria me aborrecer mais.)

Ela: ta horrível! Parece aquelas pretinhas da liberdade...

Eu: (ESPANTADÍSSIMA) meu deus! Onde eu estou? Num casarão de açúcar?! Poorraaa...

Ela: tire isso! Não quero que você viaje assim pra o natal!

Eu: pois, fique sabendo que eu ia tirar hoje, mas só por causa de seu comentário absurdo eu não vou tirar!

Minha mãe: poizé mainha! Agora ela colocou essas porras no cabelo e anda desfilando por aí achando que está linda e ainda nem lavou esse cabelo.

Eu: vocês duas são terríveis! Uma pinta os cabelos pra esconder os fios brancos e a outra só vive relaxando pra parecer liso, ora, me deixem em paz!

Minha revolta foi tão grande que minha vontade era de por um monte de dreads e tranças sintéticas só por pura provocação! Entretanto, meus cabelos precisavam mesmo serem lavados, por isso, decidi que quando elas saíssem de casa eu tiraria e lavaria.

Com a ajuda do meu namorado, começamos a destrançar os fios... Nossa que perrengue, viu! Meu cabelo caiu pacas, na hora de lavar então nem se fala! Dei uma super hidratação, penteei com todo amor e carinho e agora estou aqui, com o cabelo novinho em folha, um pouco maior do que era e até... Hum... Mais bonito do que antes! (risos)

Horas depois chegou a minha avó. Eu preferi sinceramente falar numa boa com ela, e fingir que nada havia acontecido. Nem olhei pra ela, fui entrando na sala e falando:

Eu: e aí vó? Tava lá fofocando na casa da sua irmã né?

Ela: eu não sou de fofocas. (e olhou direto para meus cabelos, fingi que nem vi isso.)

Depois, baixinho, como quem estivesse rezando, ela disse: graças a deus, graças a deus ela tirou essas coisas horrorosas do cabelo... Eu juro que fiquei POSESSA!

Eu: PORRA MINHA AVÓ! Respeite as minhas vontades! Eu gosto de tranças, eu gosto da cultura afro! Eu gosto de toda a história deles, e quer saber?! Se olhe no espelho, a senhora é uma tremenda negona do bundão! – e saí com a maior cara de emotion feliz.

Ela (altamente assustada): não sei o que deu em você, nunca vi você falando assim comigo, eu só quero te ver bonita! Vou dizer a sua mãe! (como se isso fosse resolver alguma coisa)

Pra terminar essa história já longa por demais, ela não falou absolutamente nada com a minha mãe, e ainda que falasse ela não iria fazer nada.

Por fim, não preciso articular minhas opiniões com formalidades já que, implicitamente e um tanto nervosamente, estão aí. É O FIM ter que ouvir coisas como “você perde o seu valor” ou “você está parecendo as pretinhas da liberdade” ou “esquente os dedos e passe no nariz pra afilar ele” ou sei lá o que.

Não importa que seja mãe, pai, ou avós! Isso é um absurdo e não tenho que ouvir esses despautérios de ninguém. Não peço elogios, só que me respeitem. E diante de tanto conhecimento que venho adquirindo com minhas experiências, sei que mesmo tendo a idade que têm, elas sabem que essas opiniões são ridículas, mas, simplesmente as ignoram, não absorvem nada, porque as informações em excesso junto ao entretenimento vazio idiotizam as pessoas por completo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Confissões de alguém que está por fora

É foda estar na final, e o mais foda, é ter que acordar de manha cedo pra estudar. Como tenho dificuldade de permanecer concentrada por muito tempo (assim como memorizar a diferença entre direita e esquerda, além de medidas como 1/4, 1/5, 1/6, etc. de alguma coisa) [é, trata-se de uma falha disléxica] leio algumas páginas, faço anotações e ligo a TV pra distrair.

E justamente nesta manhã, coloquei no canal 77 que passa clipes 24h o qual no momento, era um de Bjork. Não é à toa que estou na comunidade “minha imaginação é foda”. Comecei a pensar que, desde a minha adolescência, eu fui uma farsa. Sim porque, eu ouvia Bjork mas, nunca, nunca mesmo, conseguir sentir o âmago desta mulher. Algo nela me atraía e ao mesmo tempo me fazia odiá-la (em segredo pra não ser excluída do grupo de poucos amigos que tinha) porque eu não conseguia compreendê-la. Confesso: sempre achei Bjork um cú. A voz dela ao vivo é um cú, os instrumentos e notas sem sentidos são um cú e puta que pariu, os clipes são um cú maior ainda!

Mas eu tentava, sorria e dizia para todos: “nossa, Bjork é tão legal, tão profunda”. Porra Terena, profunda em que? Você sequer sabia do que ela restava falando. Só que vim me dá conta disso muito tarde. O que sentia quando ouvia, era uma agonia, às vezes angústia, às vezes fossa, seilá. É que nós, seres humanos, passamos a ser mais racionais do que animais. Naquela época eu só sentia vibrações do que ela podia estar passando através de suas músicas, nada além disso, juro. Tá, confesso que até hoje escuto uma ou outra música, mas ainda sou uma completa amorfa em relação à ela. E não só a ela! A tudo.

Até hoje, eu não sei o que é indie, emo, alternativo, underground e... Alguém pode me dizer o que significa o termo tudo junto “beijosmeliga”? E o que é “blasé”? Essas influências são uma incógnita para mim. É aquela coisa: ouvia para não ser exclusa.

Só que depois de uns dois anos, eu parei com essa idiotice e resolvi assumi de vez que não tenho nenhum estilo musical e nenhum estilo pessoal, é, eu não sei o que eu sou. O que toca eu danço, o que me faz dançar eu curto, e fica por aí. Mas esse meu jeito assusta. Muita gente pensar que eu sou “do mal”, outras pensam que eu sou funkeira e outras, “baixo astral”. Porque sim, eu curto de tudo, tudo um pouco mesmo. Já acharam “derê”, aquela música de buteco cantada por Belo, Palavra Cantada e Gaiola das Popozudas misturada à Adriana Calcanhoto, Nando Reis, Ozzy Osbourne, Chico Buarque e James Blunt. E eu juro que não vejo nada de anormal nisso.

E o bom é que muita gente já não vê anormalidade nisso! Já conheci diversas pessoas com esse “estilo” musical e como eu, são muito felizes. Realmente não entendo porque se privar do que o corpo responde, do que o corpo sente gostar, por conta de uns estereótipos idiotas que persistem em determinar o certo e o errado. Já assisti tantas vezes a mesma cena... Alguém que se diz assim ou assado e na hora que o pagodão toca, com meio copo de cerveja, já ta no meio da galera ralando coisas no asfalto... Porra, não tô dizendo que não são músicas de baixo calão e má qualidade, sim elas são. Mas não se deve condenar alguém por gostar disso, deve? Lógico que não.

O mundo está infestado de pessoas falsas. É, pessoas que dizem gostar de uma coisa, e na frente do espelho, dança outras, quiçá no palco da vida, dança coisas que não assume também. O cotidiano está cheio de coisas assim, de papéis distribuídos, de gente tentando gravar o seu texto pra representar bem frente às câmeras oculares. E o mais irônico é que estes são os primeiros a dizer que, por exemplo, curtir música pop é ser manipulado pela mídia sendo que de diferentes ou bem, “alternativos”, não têm nada.

Chega de fingir gostar de Bjork e que entende esses termos pseudo-intelectuais. Vai ter um dia que essas tribos falarão um dialeto só deles e ninguém mais os entenderá, e por isso, ninguém mais vai querer saber de onde eles vêm, pra onde querem ir, e porque se vestem e falam diferente.

Assim como eu, que há tempos já desisti de saber o que Bjork pretende com aquelas roupas, aquela voz de taquara berrante e aqueles clipes psicodélicos estilo arte de porra nenhuma; com todo o respeito aos fãs.

sábado, 6 de dezembro de 2008

O que eles têm a ver com a gente?

Sim, minha mãe é incrível. Dobra-se em vinte mil e quatro pra dar conta de tudo da casa e ainda tem tempo pra estudar. Meu pai, eu já não posso dizer o mesmo, mas por vias circunstanciais... É... “prefiro não comentar”. O bom é que desde os meus primeiros minutos de vida, nada me faltou.

Demorou, mas eu entendi o quão eles foram importantes. É, sim, os dois. Cada um à sua maneira me ensinou coisas incríveis, como noções de sobrevivência humanitária. Seja pelos seus erros, ou tentativas de acertos e os acertos, foram fundamentais em minha vida e continuam sendo.

Costumo dizer sempre que aproveitarei o máximo a casa deles. Claro, vou trabalhar uns seis anos às custas de luz, água e comida pagas pela minha mãe, tendo que aturar somente o cigarro chato do meu pai que impregna as minhas coisas. Isso é o de menos considerando que, se fosse sair de casa assim que arrumasse um “trampo”, teria que pagar tudo isso o que levaria com certeza, mais da metade do meu salário. Vou contar um segredo: nem a ração do meu cachorro eu compro, quanto mais os meus absorventes.

E sabe, eu tenho (quase) certeza de que eles não andam desejando (pelas minhas costas) que eu, um dia, vá embora. E tenho a nítida sensação de que quando minha mãe reclama das minhas roupas em cima da cama, ela não fala sério quando diz “quando você casar, Yuri não vai arrumar suas roupas não, viu?!” eu tenho quase certeza de que lá no fundo (beeeem fundo) ela quer dizer “filha, não saia de casa cedo porque você não vai ter mais sua mãe pra arrumar suas roupas”. Não mostrem esse post pra ela, por favor.

Melhor mãe do mundo, melhor pai do mundo, que importa isso agora? É bom que olhemos o quanto eles tentam ser legais. Ás vezes, e eu sei do que estou falando, é impossível perceber que eles só tentaram acertar, desde o início. Mas eles tentam, até quando ultrapassam as linhas que distanciam a vida deles das nossas.

Sim, porque existe uma linha, isso é óbvio. E para mim, é inadmissível quando eu ouço “meus pais pagam minhas contas, me sustentam, por isso precisam saber que sou gay/bi.”

Não, eles não precisam saber de nada. E o certo seria ter um interesse apenas curioso a respeito disso. Juro que só contei à minha mãe que perdi a virgindade porque estava na hora dela saber. Na hora dela saber que a filha já fazia uma coisa que ela temia, há muito tempo. Então, pra que ficar na neurose sempre que eu fazia mais um ano de vida? Neste caso, sim, ela merecia saber. Para se tranqüilizar. E se tranqüilizou. Graças a Deus.

Só que de nada adianta simplesmente, como se tira uma mesa, contar para os pais a respeito de sua sexualidade. Para que? Por quê? Pais ainda são seres de outros anos, dominados por uma cultura machista pertinente, ou seja, os meninos se fodem se prejudicam muito mais contando suas aventuras sexualescas. É simplesmente pedir pra sofrer tentando impor a sua personalidade e desejos, o que eu considero bastante desnecessário.

Hoje, ainda bem, esse assunto já é discutido com mais clareza, mas lógico, ainda existe preconceito (odeio essa palavra e todos os assuntos atribuídos a ela) então porque querer impor isso às pessoas que te querem bem?

É complicado, eu sei. Porém, eu sugiro o método da “desconversa”

-Filho, você é gay?

-Ahn? Pô, mãe, aumenta a TV tô ouvindo nada! Que cê falou?

-Nada.

Ok, antes fosse assim. Mas vocês entenderam.

Para encerrar, só quero dizer que: não destruam tudo aquilo que foi construído antes de você nascer, porque creia, é importante para eles. Eles planejam e sonham com você. E mesmo que nada possa ser realizado, ao menos respeite isso. Não bata de frente, não brigue, não discuta, não diga coisas para horrorizá-los, muito menos deixá-los com o “pé atrás” com você. Pra que? Pra ser renegado? Pra ter as regalias dentro de casa cortadas? Mesmo que eles não signifiquem nada parecido com o que você considera ser um pai, ou uma mãe, para que desgastar-se com pessoas que não vão lhe entender? E mais uma vez, eu lhe pergunto, que necessidade há de impor sua personalidade, suas crenças e obstinações às pessoas? Ainda que essas sejam seus familiares? Absolutamente nenhuma.

Entendam, assim como um dia eu entendi, que pais aprendem a ser o que são culturalmente, portanto, um dia, eles podem deixar de existir do jeito que são. E talvez, faça falta. Muita falta.