domingo, 25 de janeiro de 2009

O curioso, quer dizer, curiosíssimo caso de Benjamim Button

Sabe quando você morre de raiva na fila do cinema porque sabe que perderá os minutos iniciais do filme? Pois é, aconteceu isso comigo ontem. Entrei numa sala de cinema com 4 min de filme e para variar, a sala estava surpreendentemente lotada de forma que só me restaram as primeiras fileiras.

Depois de tentar todas as formas para me acomodar diante da tela super grande, e acostumar os olhos a ir de um lado a outro e ainda dá uma rápida olhada nas expressões dos atores e no ambiente em que contracenavam, um bebê, muito feio, acabara de nascer diante de mim. Sua mãe jazia na cama e seu pai o tomou pelos braços apavorado e rapidamente o abandonou com uns maços de dinheiro numa porta de um abrigo para idosos. Pronto, estes foram os momentos iniciais do filme que me prenderam de uma forma tão instigante que não tive uma dorzinha de cabeça sequer, muito menos no pescoço.

Benjamim Button (Brad Pitt) nasceu em torno de 1918 com aparência e doenças de uma pessoa de 80 anos. Foi abandonado em frente a um abrigo de idosos dirigido por Queenie (Taraji P. Henson), uma jovem negra que por ter dificuldades para engravidar, sensibilizou-se com o pequeno Benjamim e o tomou nos braços disposta a criá-lo, o menino cresceu convivendo com pessoas aparentemente da mesma idade.

Mas na verdade, enquanto todos do abrigo faleciam, ou vivia com dificuldade, Benjamim aparentava cada dia rejuvenescer, e então, ao invés de seguir o ciclo “normal” da vida, ele ficava mais ativo e mais vívido como nunca estivera desde o seu nascimento. E assim, como todos os normais, Benjamim passou por todas as fases da vida, e nem por isso deixou de nascer, crescer, amadurecer, apaixonar-se, ter um filho e por fim, morrer; ainda que tenha falecido com alguns meses de vida.

O curioso caso de Benjamim Button, nos diz de forma implacável que não adianta nascermos de “trás para frente” ou de qualquer outro modo que possa ser curioso. O filme é categórico, arrebatador e emocionante; não temos para onde correr: “podemos brigar, xingar, ficar insatisfeitos com o rumo das coisas, mas no fim, temos de aceitar” é o que diz um dos personagens do filme recheado de criaturas peculiares, Capitão Mike.

A trama é repleta de passagens interessantes, fotografias, música e dança. Um filme como há muito tempo eu não via, completamente balanceado em humor, romance e drama; perfeito.

4 comentários:

Anônimo disse...

" ja te contei como sobrevive a 7 raios? " UAHEuhAUEHaEUH

Alter Ego disse...

Nossa, eu quero muito ver esse filme, de verdade! Não sei se tem no circuito sala de arte, odeio ver filme em shopping , hehe. Eu não assisti ainda, vai passar daqui a pouco no Canal Brasil, mas de qualquer forma te recomendo "Eu me lembro", bom, se for bom/ruim eu te falo, ainda que não vá importar muito, já que isso é tão relativo.

Luana Marinho Nogueira disse...

por ler o q vc escreveu,
por ver algumas partes
na televisão
e pelo resumo da história,
eu já acho um filme fantástico!
rsrs

Ainda preciso assistir,
mas com certeza não é à toa
q ele recebeu 13 indicações ao Oscar...

Alex Simões disse...

Legal sua leitura, me senti mais animado ainda para assistir ao filme. Não deixe de ver, se não já viu, "Rebobine, por favor", é uma deliciosa surpresa, uma comédia desprestensiosamente reflexiva sobre as paráticas de produção cultural contemporâneas.Gostei do novo leiaute, do blog e da bloggeira e peincipalmente de ver a cara da moça na capa. Saudades de sua cara de "não tõ gostando da aula".