quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

De coisas novas, cada um espera uma coisa

Não gosto muito de expressar minhas opiniões sobre questões de faculdade por que sempre aparece um tabacudo anônimo para ler o texto e me taxar de chata, metida a gás com água, rebelde sem causa, agressiva, pessimista, blá-blá-blá. Só que isso não me aflige, até porque, como costumo dizer por aí, na profissão que escolhi sapo será meu cardápio do dia.

Agora no terceiro semestre estou me comportando de maneira muito cautelosa. Estou aprendendo que não se deve dizer tudo que pensa mesmo quando você acabou de prever uma coisa muito chata para todos e que precisa ser contornada o quanto antes. Porém, não sei se é porque baiano só pensa depois do carnaval, ou é uma síndrome brasileira o fato de preferir remediar, se lamentar. Claro, posso estar errada, como no ano passado enganei-me parcialmente com uma figura peculiar, acho que foi o signo... Semelhantes se repelem não é mesmo?

Então, logo no primeiro dia de aula, quando entrou o professor já conhecido por nós e começou a ministrar a sua aula, desde então, eu confundo ela com teorias da reportagem. Mas há quem diga que temos de nos acostumar com a teoria para depois ir para prática, mesmo quando a matéria é prática. Tudo bem, eu respeito a opinião de todos, é por isso que ainda não propus nada diferente ao professor até porque, quando se assume essa responsabilidade as outras pessoas se sentem livres para julgar seu comportamento, muitas vezes de modo hostil; embora eu tenha certeza de que não será muito diferente daqui a dois meses caso nada mude.

Outros professores quando entraram em sala, meus olhos scanearam um misto de maluco beleza com vocalista do Coldplay e RPM. De vez em quando me sinto numa faculdade de música, mas como Jornalismo vale tudo, não me decepcionei muito.

Dos maiores desapontamentos, tive com práticas de reportagem. Não que imaginasse aprender a linguagem vagabunda dos narcóticos, apenas não pretendia me prender a um único tema, mesmo que este seja gostoso de trabalhar. Ao invés de só investigarmos fatos que envolvam música, preferia que cada grupo escolhesse o seu e todos dividissem suas experiências.

As aulas de Sociologia estão semelhantes às de Antropologia, ou seja, debates dos quais você sabe que chegará ao final do curso sem resposta alguma. Estupro, cultura, índios X brancos, homossexualidade, enfim. Todas essas opiniões são que nem c***.

No mais, sim, eu estou “amando o curso”. Jornalismo é a minha área, nem a novidade UFBA em minha vida me arreda de lá. O mundo dá voltas e tudo tende a se organizar e adaptar-se naturalmente e eu me mantenho disposta para que boas mudanças e menos decepções venham por aí.

Um comentário:

Luana Marinho Nogueira disse...

"teorias da reportagem"
rs

eu tbm nunca pensei q tivesse
q aprender um pouco de música
- no sentido técnico mesmo -
cursando jornalismo.
Fazer o q, né, q venham
mais surpresas! esse semestre
pelo mesmo tem sido melhor e mais diversificado.